Estádio Jalisco, Guadalajara, México.
Difícil no mundo das Américas lembrar um cenário mais propício - talvez, apenas, o Maracanã, no Rio, e o Monumental de Nuñes, naquela cidade.
E foi lá, terreno eterno da nossa Copa de 70, que Antonio Lopes superou Zagallo, que Diego sobrepujou Félix, que Jancarlos igualou-se a Carlos Alberto, que Danilo e Durval fizeram muito mais que Brito e Piazza, que Marcão foi muito melhor que Everaldo, que Cocito foi Gérson, que Alan Bahia jogou mais que Clodoaldo, que Fabrício lembrou Rivelino, que Fernandinho recordou Jairzinho, que Aloísio chegou a ser Tostão, e que ele, Lima, chegou perto d’Ele.
Agora, já no início desta madrugada, deu na “Highlights” da ESPN, no “Repórter Cbn” da CBN, na FOX, na CNN e em todas as mídias de todos os lugares de todos os cantos da América: o Atlético ‘El’ Parananese, o Furacão, The Hurricane, El Huracán está na final da Taça Libertadores da América, o segundo maior campeonato de clubes de todo o mundo. Com um desempenho similar (ou melhor) ao exigido por uma Copa América, o Atlético demonstra raça, força, garra, vontade, vigor, pancada, contra-ataques, sobriedade, cabeçadas, carrinhos, cotoveladas, inteligência, motivação e, principalmente, uma superação psicológica e física sem igual no mundo do futebol nos últimos anos.
Hoje, o Atlético desperta idolatria e ódio. Hoje, o Atlético é um é um dos dois melhores clubes dos três continentes americanos.
Hoje, o Clube Atlético Paranaense é exemplo para todos que um dia quiserem também se planejar, se desenvolver e crescer para firmar-se como um dos grandes clubes do Brasil e, agora, das Américas.