Seria sonho, se não fosse real. Seria mágico, se não fosse crível.
Seria mentira, se não fosse verdade. Seria um futuro, se não fosse o presente.
A nos separar, 720 quilômetros completados; a me acompanhar, 3 amigos e mais de 15.000 missionários para assistir, torcer, xingar e aplaudir os primeiros 95 minutos da vida de um clube de 1.924, ora reservados nos pés (e mãos) de 11, 12 ou 13 pessoas.
Seriam apenas números, se não representassem a maior emoção de todo e qualquer grande adepto do futebol em um momento qualquer parecido.
No período de voluntário exílio na Europa, acompanhei, in loco e solitariamente, o êxtase do povo local ao seguir a trajetória (de sucesso final) do Futebol Clube do Porto ao título europeu; hoje, acompanho, in loco e bem acompanhado, o êxtase do meu povo ao seguir a trajetória do Clube Atlético Paranaense à última etapa do título americano. Inigualáveis situações, incomparáveis momentos.
No período de voluntário exílio na Europa, acompanhei, in loco e solitariamente, o êxtase do povo local ao seguir a trajetória (de sucesso final) do Futebol Clube do Porto ao título europeu; hoje, acompanho, in loco e bem acompanhado, o êxtase do meu povo ao seguir a trajetória do Clube Atlético Paranaense à última etapa do título americano. Inigualáveis situações, incomparáveis momentos.
O que presenciei naquelas cinco horas dentro e aos arredores do Gigante da Beira-Rio seria inimaginável, se não milimetricamente descritível na minha mente, ainda que certamente difícil de externar. É raro o coração e a alma falarem com tanta precisão.
O resultado final ainda deixa tudo em aberto para a seqüência final, embora, certamente, feche definitivamente as feridas daqueles nossos tempos de ostracismo, de descaso e de invisibilidade no cenário mundanal do futebol.
Pena, apenas, fechar a viagem com um sentimento triste de que muitas coisas não são compreendidas, a detonar feridas que ficam indeterminadamente abertas e sem respostas.