Para esta semana mais curta, a golpista imprensa que assola o país inventa outra crise para derrubar o governo federal. Pretende criar uma "crise dos mísseis guarani", baseada na excelente vitória da esquerda paraguaia
– diante dos conservadores e da direita que comanda o segundo país mais pobre da América do Sul há mais de 60 anos – e nas declarações do seu novo presidente, Fernando Lugo, o qual afirmou a urgente necessidade de serem revistas algumas cláusulas do contrato da Itaipu.
– diante dos conservadores e da direita que comanda o segundo país mais pobre da América do Sul há mais de 60 anos – e nas declarações do seu novo presidente, Fernando Lugo, o qual afirmou a urgente necessidade de serem revistas algumas cláusulas do contrato da Itaipu.
E, é claro, nada mais natural – para desespero da nossa direita que ora se faz achar "imperialista" – que o Brasil realmente rever o que é de direito daquela gente.
Assim, nos mesmos moldes do que ocorreu com o povo boliviano em relação à Petrobrás, o povo paraguaio precisa ser melhor recompensado pelos recursos naturais que lhes pertencem, mas que ora trazem satisfação política, econômica e social apenas para nós. Qualquer conduta diversa, mostraria um Brasil travestido de potência hegemônica, a querer abusar dos seus vizinhos, como alhures faz o Tio Sam e a Velha Europa com o resto do mundo.
Mas não. A maldita imprensa insiste em propalar, senão mentiras, pontos de vista distorcidos, que no presente caso remetem ao "custo" (sic) "astronômico" (sic) que o povo brasileiro terá de assumir e à "frouxidão" (sic) do governo federal diante do novo governo paraguaio.
No caso do gás boliviano, nada ocorreu, pois nada mesmo haveria de ocorrer: não houve escassez de gás – pelo contrário, está a se aumentar a quantidade importada –, não houve aumento dos preços – houve, apenas, respeito à "função social" do contrato, melhor e maior paradigma moderno do direito obrigacional – e não houve guerra, mas apenas o respeito e o altruísmo de um país mais rico diante de um mais pobre, que se aasneta no pleno reconhecimento do direito ao desenvolvimento.
No caso da energia que dividimos com nuestros hermanos paraguayos, também nada do que fantasia a amarronzada imprensa pátria (?) ocorrerá, senão um pequeno intumescimento nos cofres públicos daquela nação e o melhor respeito às cartas de direito internacional.
Mas, enfim, o que os conservadores de plantão pretendem mesmo é criar um clima de batalha, mas com um final diferente daquele de Cerro Corá, pois, claro, querem ver o circo pegar fogo. Até ruir.