quinta-feira, 20 de novembro de 2008

# saída pela esquerda: o mundo vermelho em são paulo



Em coincidente resposta à crise que apenas se inicia -- e que faz recrudescer as esperanças por um novo caminho e pela recuperação dos reais valores das nossas sociedades --, amanhã começa o "10° Encontro Internacional de Partidos Comunistas", em São Paulo, a reunir quase setenta "partidões" de diversos países, ricos ou pobres, do mundo (v. aqui).

Com um programa que pretende repercutir os novos fenômenos no quadro internacional, as contradições e os problemas nacionais, sociais, ambientais e econômicos em agravamento, e a luta pela paz, a democracia, a soberania, o progresso e o socialismo, bem como a unidade de ação dos Partidos Comunistas (PC´s), o mundo vermelho -- já com suas diversas idéias e seus diversos ideais sustentados e renovados pelo modelo chinês --, procura, neste Encontro, mais um vez mostrar que a bancarrota do estranho modelo soviético trouxe grandes lições, que a queda do Muro de Berlim foi apenas uma transição exigente de maiores reflexões e muito mais trabalho e que, enfim, não é o "fim da história", mas, pelo contrário -- e como já explicitamente se demonstra pelos últimos acontecimentos --, deixa claro que a sistemática neoliberal e o capitalismo de cassino não são as melhores soluções para a humanidade, exibindo, mais uma vez, que o socialismo é o regime de Estado mais justo, honesto, solidário, igual e, verdadeiramente, livre.

A prática de reunir periodicamente os PC´s do mundo foi retomada, depois da queda do Muro de Berlim, por iniciativa do Partido Comunista da Grécia. A partir de 2006, o Encontro Internacional, antes sempre tendo Atenas como sede, passou a ser itinerante, já sido realizado, nos dois anos anteriores, respectivamente em Lisboa (Portugal) e Minsk (Bielorrússia).

O Encontro deste ano será o primeiro a se realizar fora da Europa, tendo o PCdoB como ''hospedeiro'', e essa escolha de um país latino-americano certamente expressa o interesse e o apreço do movimento comunista internacional pelos êxitos da luta democrática e anti-imperialista dos povos americanos ao longo da última década, em especial diante da realidade e dos últimos eventos mostrados pela sólida e social condução política na Venezuela, na Bolívia, no Equador, no Paraguai, no Uruguai -- e, por que não, na Argentina e no Brasil... --, além, claro, em Cuba, o grande exemplo de independência, de solidariedade e de respeito às necessidades humanas básicas de seu povo.

Claro que a "grande" mídia -- e em especial os membros do "Partido da Imprensa Golpista" -- dará pouco (ou nenhum) espaço ou tratará com menoscabo todo esse Encontro e as suas repercussões; mas, na realidade, quem se importa com ela, já que, nestes trópicos, é a maior propagandista de toda essa zorra na qual se enfiou a sociedade pós-moderna de hoje, no pior estilo "topo tudo por dinheiro"?