ddsEnquanto isso, após ser publicada a (talvez) paradigmática sentença do Juiz Federal Fausto de Sanctis -- que condenou o banqueiro Daniel Dantas, uma das mais famosas "galinhas" dos ovos de ouro dos homens públicos de todos os poderes desta República, a 10 anos de prisão e mais uma multa de 12 milhões de reais --, eis o que vocifera um dos advogados do milionário criminoso:
fdsd- “Não houve o crime atribuído ao meu constituinte; sua defesa foi cerceada, as provas são fraudadas e o magistrado impediu a perícia indispensável à demonstração da improcedência da acusação".
fdsdE então me (re)pergunto, como outrora fizera aqui (em "a insustentável natureza do ser"), "como", "por quê" e com "quais" objetivos pessoas, especificamente os advogados, empenham-se em assessorar, orientar e defender pessoas que buscam, única e absolutamente, sem quaisquer benefícios à sociedade -- pelo contrário!! -- ou, vá lá, sem qualquer justo proveito próprio, enriquecer-se e enriquecer a todos os cúmplices e prosélitos a sua volta, à custa do erário, a custa do povo e à custa de uma sociedade mais digna e mais humana? Por quê?
fdsdPor que se exerce a advocacia em prol de gente que estampa na testa -- embora seja difícil de estampar na ditas provas lícitas -- a criminalidade, a ilicitude e a imoralidade?
fddsPor que os advogados privados aceitam defender, dentre uma infinidade de outros criminosos, os magnatas, os empresários, os políticos e os homens públicos corruptos? Por que não deixar o direto penal -- em quaisquer das suas espécies -- para o Estado, em todas as suas três partes processuais, com advogados públicos?
fddsPor que não deixar que todos, as elites burguesa e política e os josés & marias, tenham a oportunidade de uma defesa equânime, sem intermediários comprometidos não com a realização da justiça -- cega e equilibrada, como Têmis se mostra --, mas com a grana e o luxo fétidos, com o dinheiro fácil e sujo que a (quase) todos medusicamente perverte, a permitir assim, com uma facilidade ímpar, o tráfico de influência e a corrupção, que admite apenas a (algemada) prisão de preto, pobre e puta?