fdsfds Alguns amigos perguntam-me o que significa o título da nossa série "Antifahrenheit 451"; aqui respondo-lhes.
fdsfds Em 1953, Ray Douglas Bradbury publicou uma das mais célebres obras de ficção científica do séc. XX, intitulada "Fahrenheit 451" -- que uma década depois virou filme, dirigido por Truffaut -- e que fez tornar essa expressão-título uma referência para tudo aquilo que se deseja apagar, obscurecer, negar ou tergiversar -- o cineasta americano Michael Moore, por exemplo, intitulou o seu documentário sobre as mentiras expostas e as verdades escondidas nos atentados de onze de setembro com o título "Fahrenheit 9/11".
fdsfds A (breve) idéia da obra e do nome? Um futuro (distante?) no qual todos os livros são proibidos, todas as opiniões próprias são consideradas heréticas e todas as idéias ou pensamentos críticos e dissidentes são exterminados. Na obra, o protagonista trabalha como um queimador de livro ("bombeiro", segundo o livro) e o número "451", assim, refere-se à temperatura, em graus Fahrenheit, na qual o papel incendeia.
fdsfds Hoje, tal personagem é representado pela grande mídia nativa, que insiste numa ideologia neoliberal, numa sociedade do "pensamento único" e num modelo conservador, patriarcal e reacionário de Estado.
fdsfds Numa imprensa que, em nome (ou na pessoa) dos "donos do poder" (Raymundo Faoro), queima a realidade e as mudanças políticas, sociais e econômicas promovidas por governos vanguardistas e comprometidos unicamente com o interesse público e popular, de forma a evitar que toda uma população tome conhecimento do que acontece nestes admiráveis mundos novos, conforme Aldous Huxley intitulou outro clássico da literatura de ficção científica.
fdsfds
fdsfds Numa imprensa que, em nome (ou na pessoa) dos "donos do poder" (Raymundo Faoro), queima a realidade e as mudanças políticas, sociais e econômicas promovidas por governos vanguardistas e comprometidos unicamente com o interesse público e popular, de forma a evitar que toda uma população tome conhecimento do que acontece nestes admiráveis mundos novos, conforme Aldous Huxley intitulou outro clássico da literatura de ficção científica.
fdsfds