A vexatória e repugnante CPI que demos (PFL-DEM) e tucanos (PSDB) insistem em levar adiante é outro marco da visão colonial, entreguista e privatista que a elite nacional tem do nosso país. Ou mais uma espectro do modo eleitoreiro de se discutir os assuntos público e nacionais.
O Brasil prepara-se para assumir o posto de uma das maiores potências petrolíferas mundiais, o que causa brotoejas naqueles que não admitem uma nação rica e uma país de e para todos, que não veem a hora de José Serra ser o presidente e colocar em prática a (dantes) fracassada idéia da "Petrobrax" de FHC. Sim, os conservadores e a direita querem vender a nossa "Amazônia Azul".
Ao invés de quererem discutir frivolidades como as que ocupam destaque na golpita imprensa nacional -- a qual quer, a todo custo, criar no subconsciente da população uma Petrobras ineficiente, incapaz e imoral -- e insistir que o Estado brasileiro não pode gerir os seus maiores e mais estratégicos recursos naturais, o Parlamento brasileiro, se sério em sua maioria, deveria se ocupar de questões essenciais para o nosso futuro como uma desenvolvida nação: como explorar o pré-sal? Onde investir o dinheiro? Como o Brasil pode controlar a sua costa e projetar seu poder na América Latina e no Atlântico Sul? Quais as prioridades que um planejamento de políticas públicas eficazes, de longo prazo, a serem construídas com o ouro negro, merecem?
Inevitalmente, tudo antes exige uma refundação da nossa República, no modo dos nossos homens públicos entenderem o seu papel e a sua atuação na sociedade, afinal, o que se pode esperar da nossa burguesia, de mãos atadas pela incessante busca do sucesso pessoal ou livres das imprescindíveis e (pouco) elásticas algemas estatais, as quais deveriam controlar a mão invisível do mercado e a mão gatuna dos criminosos?