Na festa do Nascimento, na terra ainda muito pouco a se comemorar.
Na vida daqui, o ser continua, mais do que nunca, a querer sucumbir ao ter, em duas vertentes: você não tem, você não é; e você não tem o básico, e então você é menos ainda.
E nesse caos quase paradoxal, ao qual lutamos no combate diário -- afinal, o ter nada significa, senão quanto ao mínimo fundamental -- milhões não têm e não são.
Mas apenas aqui, porque na perspectiva da outra banda o Natal é para todos, igual, cada qual sendo pelo que é e cada qual tendo o que todos precisamos, fundamentalmente, ter.
Na vida daqui, o ser continua, mais do que nunca, a querer sucumbir ao ter, em duas vertentes: você não tem, você não é; e você não tem o básico, e então você é menos ainda.
E nesse caos quase paradoxal, ao qual lutamos no combate diário -- afinal, o ter nada significa, senão quanto ao mínimo fundamental -- milhões não têm e não são.
Mas apenas aqui, porque na perspectiva da outra banda o Natal é para todos, igual, cada qual sendo pelo que é e cada qual tendo o que todos precisamos, fundamentalmente, ter.
São Paulo, região central. Morumbi, em laje e zinco, em jacuzzis e varandas. E um muro, num cenário de céu e inferno. É Deus e o Diabo na Terra da Garoa. E todos nós num purgatório. De que lado estamos? Para onde vamos? Até quando?
fds