sexta-feira, 29 de outubro de 2010

# meu voto (por que dilma? - final)


fdsfdAntes, devo dizer que não dependo da eleição dela (ou dele...) para continuar meu trabalho, aqui, lá ou acolá. Depois, digo que nunca fui filiado ou eleitor de carteirinha do PT, pois as minhas teses, projetos e modelos de país e de sociedade vão mais além (e nunca aquém) do programa ora em construção.
fdsfdLogo, não é por interesse privado, científico ou egóico que lhes lembro o que se segue.
fdsfdVê-se que a eleição de domingo, pela conformação e biotipo dos futuros candidados que se apresentam, talvez seja a última que expõe tão claramente dois projetos, dois modelos, dois perfis e duas visões tão antagônicas de Brasil e de nação, como tão repetidamente vimos escrevendo, e já com agradável repercussão crítica, à sombra da mangueira imortal.
fdsfdDesde 1989 não se via os gigantes das comunicações (Globo, Band, Veja e Folha de São Paulo) tão dispostos a eleger um cara e a defenestrar uma candidata.
fdsfdTalvez até pensem ter este direito, e de assim proteger os interesses de toda uma gente que quer tomar de volta o Brasil; porém, jamais poderiam fazê-lo com tanta e tão sórdidas mentiras, boatarias, inverdades, manipulações e calhordices.
fdsfdEssa turma, enfim, tão-somente faz confirmar a sentença de que a "a ideologia da direita é o medo" (S. de Beauvoir).
fdsfdE desde já uma premissa: aqui não esquecemos os tantos casos de fraude, picaretagem e corrupção havidos neste atual governo (e que tanto nos decepcionaram). Assim como jamais podemos nos esquecer dos tantos, tantos e tantos bandidos e bilionários casos havidos no governo passado (e que menos nos surpreenderam).
fdsfdLá e cá, são males e chagas típicas da nossa conformação "democrática", da nossa realidade "republicana", do nosso sistema político-partidário e do nosso homo sapiens, por vezes tão distante da imagem e semelhança divina.
fdsfdEntretanto, não podemos nos esquecer que, se comparado ao passado, hoje apura-se, investiga-se e prende-se muito mais corruptos e corruptores (e isso, óbvio, dá a impressão de uma maior quantidade...), e que, também, o governo de hoje tem toda uma grande mídia como oposição (e tudo vira um tsunami), enquanto no governo passado todo o poder midiático apoiava e era apoiado, deixando, assim, pouco revelar e poucas ondas criar.
fdsfdMas, vamos ao que ainda mais interessa.
fdsfdVamos ao que distinguirá o próximo mandato, confrontando o governo de hoje (com Dilma e Lula) e o governo de ontem (com Serra e FHC).
fdsfdSerra, meu caros, será um retumbante retrocesso, na contramão de tudo que se pensa, se estuda e se faz em nosso mundo: estado mínimo, neoliberalismo, utilitarismo, conservadorismo, superávit, submissões, privatizações, terceirizações, ongzações, internacionalizações...
fdsfdSerra, minhas caras, será um retumbante retrocesso, na contramão de tudo que se faz, se estuda e se pensa em nosso país: elites oligárquicas, monopólios privados, mídia onipotente, mercado onisciente, mercantilização da água, da luz, do saneamento, dos recursos minerais, da saúde e da educação...
fdsfdSe Dilma (ainda) não é o melhor dos mundos, a turma demo-tucana (UDN/Arena/ PFL/DEM-PSDB), a quem Serra faz parte (v. aqui), é o pior dos mundos.
fdsfdSe FHC, pela alegoria da estabilização, conseguiu liquidar o Brasil -- como bem mostra todo e qualquer trabalho científico que estuda o período --, Lula, ainda que sem enfiar os dedos em feridas históricas, fez um dos melhores governos da história deste país.
fdsfdSerra pertence a uma turma que, depois de oito anos de mandato, terminou o governo com aprovação de 30% (bom/ótimo) da população. Dilma, porém, pertence a uma outra turma que, após oito anos de mandato, terminou o governo com aprovação de 80% (bom/ótimo) do povo brasileiro.
fdsfdEm suma, alguma coisa disso tudo deve nos significar.
fdsfdLembrar, comparar e refletir o que foram os oito anos de FHC/Serra com o que são os oito anos de Lula/Dilma é, assim, a melhor maneira de sabermos o caminho de desenvolvimento e de país que queremos, com menos desigualdade e com muito mais soberania e justiça social.
fdsfdUm país que precisa continuar a mudar não para tantos de nós, já abençoados com educação, saúde, comida e oportunidades, mas para os outros 40, 50, 70 milhões de brasileiros que, do desigual Sul ao pobre Norte, muito mais necessitam da mão do Estado (e das suas algemas contra as mãos invisíveis...) para assim (sobre)viver e crescer.
fdsfdQuer-se, assim, a ininterrupta construção do caminho que, definitivamente, fará o nosso país de e para todos, afinal, se nós queremos diversão e arte, eles querem, ao menos, "comida".
fdsfdLogo, se nenhum destes muitíssimos breves argumentos técnico-racionais dizem-lhes alguma coisa, talvez lhes restem um derradeiro motivo: domingo ir votar com o coração, e não com a cabeça.
fdsfdVotarei 13, votarei Dilma, com Lula e toda a frente, e todas as ideias, e todos os pensamentos que os acompanham, aqui, do lado esquerdo do peito. sfd