Iludem-se os atleticanos por pensar que, após outro empate -- agora contra os reservas do último colocado --, o problema esteja (apenas) com o arremedo de treinador, um paraguayo que especula no nosso comando técnico.
A máxima culpa é, como se faz notório, do mandatário do clube, o Petraglia.
Aqui, aqui e aqui já muito falamos disso, e agora prometemos ser a última vez que perderemos tempo com o assunto.
Petraglia é um facínora, um ególatra, um cão raivoso que detesta o dia a dia do Atlético, o futebol do Atlético e a torcida do Atlético -- mas que gosta, e muito, dos negócios do Atlético, razão pela qual não larga o osso, e não o divide com ninguém, há décadas.
Com base na meia-verdade de que foi o cavaleiro solitário na recriação do Atlético no fim dos anos 90 -- embora jamais se negue a sua importância como líder daquela histórica geração administrativa --, o fanfarrão manda-chuva hoje julga-se onipotente, onisciente e o ovo de Colombo.
Ele odeia tudo e todos, só enxerga o umbigo e só voltou ao Atlético -- como causa do rebaixamento e da péssima gestão do seu antecessor e ex-aliado -- para buscar os cifrões desta nova Baixada e a audiência desta Copa.
Ele parece escalar o time, desmontar o elenco, desagregar o sistema, espantar colaboradores....
Ele quer destruir um clube de futebol e criar uma S.A, para depois tergiversar seu "fim", como fez com a empresa da qual era sócio (v. aqui), e sair-se bem.
Ele não suporta futebol, não suporta quem adora futebol e não suporta quem suporta quem adora futebol.
Mas não suficientemente contente com a ética do mercado e da política, mediante o seu isolacionismo individualista acredita que no futebol a sua ética -- nem tão-pouco a ética do futebol -- deve prevalecer.
E para isso desmonta um time, degenera uma torcida e deflagra o ódio.
Petraglia representa um outro tipo de retrocesso no futebol, à moda moderna, do "clube-supermercado", legitimado por ter reconstruído o clube após um estágio pré-falimentar, mas que hoje caminha para um estágio pós-futebol.
Petraglia quer nos enterrar, bem longe da Lapinha, sob a lápide cinza de quem está inumado em rubro-negro.
Petraglia, se lá nos anos 90 foi uma luz no fim do túnel, hoje é o nosso fundo do poço.
Há um enigma posto: decifremos o Atlético ou Petraglia nos devorará.