Santiago a cada manhã me encanta nesta sua tão precoce existência.
O seu riso, acreditem, por si compensa o aviso da falta de rima da poesia que, para explicá-lo, tento em dessiso pôr em marcha.
O seu olhar, não duvidem, medusicamente atrai, como aquele que te vê com a retina a esfuziar para querer traduzir o mundo todo, enquanto desde lado não vejo mais nada passar.
A sua fala, anotem, dispensa a ausência da inculta e bela, em grunhidos que bem entendo e me embala até a hora de mim se perder.
O seu despertar, não desconfiem, tem sim os festejos dos saraus em alto-mar, das noites de carnaval e do astral da boemia que por ele já nem ouso participar.
A sua alegria, imaginem, tem a ingênua pureza divinal e a genuína pulsão humana que diariamente me maravilha, me renova e me enche de esperança.
O seu amor, que hoje devoto, leva-me a crer num sonho antigo de viver.