Na Paraíba não se tem muita coisa. Vive-se lá com o dinheiro do turismo, embora o lugar seja visto pelos visitantes como o quintal do Nordeste, ao lado do Piauí e Sergipe.
Em compensação, há fartura de coco, objeto pelo qual o povo sacia a fome, mata a sede e joga algo parecido com o futebol.
E foi assim, com um único coco que os paraíbas motivaram a escrita de outra página na história de um clube, hoje algo parecido com um clube de futebol.
E mais; ontem, constatou-se a infalibilidade do sábio ditado: a sorte tem uma relação simbiôntica com a competência – sem esta presente, não adianta clamar a ajuda dos astros.
Muito menos culpá-los.
Búzios, benzeduras, dogmas ou teorias são quase incapazes de justificar o imponderável treze – agora, porém, já em maiúsculo, nada é mais inspirador.
Depois de uma derrota na loteria dos pênaltis e esta outra para o Treze, o próximo passo é, no exato momento de uma vindoura vitória, o novo campo vier a afundar e o jogo dar-se por cancelado. C'est la vie...
Enfim para desespero de todos aqueles que estavam bizarramente extasiados pela inaguração de uma grama, alguns banheiros e meia-dúzia de lanchonetes, a triste constatação está sendo assistir em campo um incessante desfile de pragas, cocôs e, claro, coxinhas.
(publicado em junho/2004)