Do "The New York Times", Paul Krugman -- um liberal (!), por isso cito-o -- traz um conjunto de medidas para a solução da crise estadunidense e, dentre elas, está a reestatização, ainda que temporária, de bancos (e do sistema financeiro), nos moldes do que alguns países escandinavos fizeram no início dos anos 90. Ademais, sobre o pacotaço pré-natalino de 700 bilhões de dólares dado como ajuda aos bancos, aduz, in verbis, que "em essência, o dinheiro é do povo e do país. Se é para fazer uma intervenção, o povo tem que ganhar algo com isso. Ao dar dinheiro para instituições financeiras, deve sair com um pedaço delas. Ao colocar dinheiro, o governo deve tornar-se sócio. O governo não deve simplesmente comprar papéis ruins sem que os banqueiros sejam punidos. Deve assumir um pedaço. Tendo controle, capitalizando quem se meteu no buraco, aí deve vender parte dos papéis ruins, mas também parte dos bons. De outra forma, o povo assume a dívida e os incompetentes lavam as mãos com suas fortunas".
Na íntegra, leia o que escreveu o economista de Princeton em seus dois últimos artigos: "Edge of the Abyss" (aqui) e "Cash for Trash" (aqui).