Neste pseudoembate que o PIG já começa a criar para desgastar os candidatos (mais ou menos) vermelhos na sucessão de Lula -- a envolver Dilma Roussef, Ciro Gomes e Marina Silva --, o que a esquerda tem que saber -- e perceber -- é que, como bem lembra Boaventura de Souza Santos, ela não pode correr o risco de se dividir ao ponto de não poder unir-se no principal: impedir a eleição de um governo de direita.
Antes disso, portanto, devem os dois primeiros candidatos -- vez que Marina e o seu PV parecem medusicamente seduzidos pela (neo)direita e pelos demo-tucanos -- lutarem para que, de um ou do outro modo, mantenha-se a irretornável continuidade das ideias que fazem sobrepor a solidariedade social ao "darwinismo social", o Estado protetor ao "Estado predador" e o interesse público ao "interesse privado".