sexta-feira, 25 de abril de 2014

# um mestre


Os EUA costumam diferenciar teacher, professor e coach.

Fernando Cruz Sanches conseguiu reunir as três categorias em uma só: um mestre.

Ele foi o melhor e o maior treinador durante os anos dourados do meu basquetebol (v. aqui).

E justamente na fase aguda da juventude, foi também um professor, professor lato sensu.

Dos meus treze aos dezoito anos mantivemos um convívio quase diário, em treinamentos, jogos, viagens, excursões e eventos sociais; depois, os encontros eram mais esporádicos, pela distância do esporte e pelos caminhos da vida, mas sempre que ocorriam eram festivos e alegres

Foram tantos ensinamentos, tantas aulas, tantas orientações, tantos conselhos, tantos gritos, tantos abraços com ele por aqueles anos todos...

Fernandão era emoção e lealdade puras.

Foram tantos campeonatos, tantos títulos, tantos prêmios, tantas convocações, tantas viagens com ele pelo Colégio Santa Maria, pelo Clube Santa Mônica, pelas Seleções de Curitiba e do Paraná.

Fernandão era um craque na beira da quadra.

Fernandão se foi.

Do meu baú, uma foto ao seu lado, quando fui convidado para um torneio promovido pela Federação Paranaense e pela Associação Paranaense Master de Basquete como homenagem a ele, um dos símbolos da história deste nosso desporto – "Torneio Fernando Sanches", em 2003 (v. aqui).

Destas coincidências da vida, foi meu time o campeão daquele torneio.

E então pude receber troféu e medalha de suas mãos, pela última vez, tendo ela até hoje guardada com apreço.

Aqui fica a homenagem do seu atleta, aluno, aprendiz e amigo.