fdsfdsImagine um político e um Governo que tem contra si a maior emissora de tevê do Estado (RPC/Globo), as duas maiores rádios de informação e jornalismo (CBN e Band News), os três maiores jornais do Estado (Gazeta do Povo, Estado do Paraná e Tribuna do Paraná) e, de forma latente e com múltiplas mensagens subliminares, os grandes jornalões, as grandes revistas e a vênus platinada. Imagine mais.
fdsfdsImagine um político e um Governo que é criticado, detonado, difamado, injuriado e sacaneado todos os dias, de todos os meses, em todos os anos de mandato -- ou seja, desde 2003 --, sem espaço para defesa e contrarrazões senão em esporádicos e ecoantes espaços da tevê Educativa.
fdsfdsImagine um político e um Governo que vai de encontro aos interesses da burguesia nativa e dos grandes grupos econômicos, a focar as políticas públicas nas classes sociais e nos rincões menos favorecidos do Estado, a privilegiar o trabalhador e os pequenos empresários, a patrocinar os movimentos sociais e a queres mais Estado e não um Estado mínimo, estatizando e reestatizando, na vanguarda do pensamento sócio-político-econômico nacional?
fdsfdsE imagine que, mesmo assim, o Governo de Roberto Requião é aprovado (ótimo/bom) por 57% da população estadual e com uma nota média de 6,6 se torna o 4º melhor avaliado do país.
fdsfdsAgora, por outro lado, veja que Aécio Neves -- desde 2003 o queridinho da mídia, a quem dedica boa parte das receitas públicas, cujo Governo seduziu a todos pela marqueteira invenção de uma oca e fictícia balela chamada "choque de gestão" -- ficou em 1º lugar no ranking de governadores, com a aprovação (ótimo/bom) de 75% dos mineiros e uma nota média de 7,6.
fdsfdsE, então, tente imaginar como seria avaliado o Governo de Roberto Requião se, ao seu lado, estivesse todo o monumental aparato midiático, a todo instante exaltando qualquer ato estatal e disfarçando os inevitáveis erros, como acontece em Minas Gerais e como ocorreu nos oito anos do Governo Jaime Lerner.
fdsfdsEnfim, diante disso tudo, repare que a diferença é muito pequena entre as avaliações de Requião e Aécio, líderes de dois governos ideológica e programaticamente díspares, o que nos permite concluir algo muito simples: há espaço sim para um governo de esquerda, popular e com mais Estado, que se identifica com as necessidade e vontade do povo e se distancia da direita conservadora e neoliberal que sempre se adonou do país.
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(v. aqui a pesquisa completa do Datafolha e aqui o comparativo de gastos em propaganda e publicidade das gestões 1995-2002 e 2003-2010)
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