segunda-feira, 2 de março de 2009

# aspas (viii)



Já questionamos -- várias vezes e em diversas áreas -- a validade jurídica da "propriedade" e, maiormente, das "patentes".

Eis, agora, o que disse Gilberto Gil, ex-Ministro da Cultura (2002-2008), acerca da pirataria na indústria fonográfica, da hegemonia e da dominância do modelo industrial-capitalista da cultura e dos interesses e dos "direitos" dos grandes produtores (v. aqui, na íntegra):
 
   "Eles [os grandes homens da indústria da cultura] querem resistir.
   Porque isso é natural, eles são refratários, são acomodados, e são ciosos dos seus interesses, que eles tendem a interpretar como seus direitos. Acham que seus interesses têm que ser interpretados como seus direitos. Às vezes não são seus direitos, são só seus interesses, que não precisam ser respeitados como direitos. Não são direitos, não.
   A pirataria tem direito a desafiá-los. Pirataria é desobediência civil. Tem que ser vista assim, também. Não tem que ser vista só como criminalidade. Tem que ser vista como desobediência civil! Assim como os protestos das esquerdas, dos sindicatos..."