domingo, 27 de julho de 2014

# atleticania (xvii)


Para Benjamin, uma tarde de sono ou uma saracoteada de horas por entre seus brinquedos não valem, ainda, um gol do Atlético.
 
E pelo que (não) tivemos hoje, ainda bem.
 
Promissor, sério, moderno e com os pés no chão, o técnico Doriva acabou vacilando nesta tarde de domingo, talvez empolgado com os lampejos das últimas rodadas.
 
Aberto, frágil, murcho e suicida, pensou ter nas mãos um time com jogadores capazes de enfrentar, mano a mano, o bom time e o ótimo elenco tricolor – a propósito, o que joga este Cícero, hein?
 
Com uma dupla de zaga que já provou ser uma das piores do Brasil, jamais poderia ter escalado três atacantes e entregar todo um meio-campo  efetivamente vazio de rubro-negros , para um time que, além de tudo, já anunciava que jogaria com cinco por ali.

E mais: sem um homem para tentar fazer o jogo corrido dos nossos avantes  num embate nestas circunstâncias o nosso curumim camisa 10 não se mostra solitariamente capaz –, não impúnhamos medo e nem causamos susto algum, tornando tudo mais fácil para o time carioca, que passeou.
 
Um dia desses um time acabou levando 7 por pensar assim também  só que agora os nossos alemães tricolores foram mais piedosos (e nem tão competentes).
 
E o Atlético, meus caros, levou um dos maiores bailes dos últimos anos.

Ainda bem que só o concreto cinza e gelado (v. aqui) esteve presente nesta escura tarde em Curitiba.