sexta-feira, 21 de junho de 2013

# odisseia


Nada é por acaso – já dizia um amigo baiano, vendo numa mesa a magra com seu prato de salada&atum e a gordinha com sua lasagna quatro queijos.
 
E as passeatas que inebriam uma pequena parte do Brasil é uma caso clássico disso.

Ignorância e ingenuidade são apenas alguns dos mínimos atributos para qualificar a maioria que se cumpliciou deste crime cívico.

Pequena e nos seus delírios rebeldes, esta massa ajudou a empurrar um cavalo de Tróia que, dentro, levava os mais sórdidos, mesquinhos e reacionários interesses, para incrédulo delírio da turma que não quer um Brasil para todos.

Na verdade, esta turma ainda não acredita que o negócio, após tantas e tantas tentativas frustradas de retomar o poder, caiu assim no seu colo, de repente, sem esperar - e, pior, sem no seu início querer, pois, claro, detonava o protesto contra o aumentos das tarifas de ônibus.

Eis que agora, surpresa, já não mais consegue esconder o êxtase pela retomada de um jogo quase perdido.

Esta turma, como sempre, tem seus interesses defendidos pela grande mídia nativa, a qual não poupa esforços.

A Globo, cândida como só ela, finge provocar as mais bipolares análises, como se pudesse ludibriar alguém minimamente atento: enquanto diz que é tudo pela democracia, pela paz, pela honestidade, pelo fim da corrupção (sic), coloca no Jornal Nacional 40 minutos de imagens de quebradeira, de fogo, de balas e de confrontos. E diz que a coisa está preta, que não há mais controle etc. E assim enganam meio-mundo, como sempre desatento.

Na rádio, CBN e BandNews disputam o posto de quem consegue provocar mais pânico e mais estardalhaço, insistindo que tudo é belo e formoso, que é lindo ver o povo nas ruas... mas, rapidamente, destaca 80% do tempo da programação para falar das brigas, do vandalismo, do quebra-quebra e do estado de perigo. E repte a ladainha, dizendo que não há controle, que a juventude está revoltada etc.

Nos jornais impressos, capas e contra-capas de carros pegando fogo, lojas quebradas, gente ferida etc.

“Tranquem tudo”! – já começa a sugestionar muita gente.

“Invadam tudo mesmo”! – já gritam outros.

É meus caros, Tróia parece que vai mesmo ser tomada.
 
Como numa outra história, só espero juntar mais uns trezentos para ajudar na sua defesa...