Engana-se quem pensa que o Atlético, no jogo de ontem contra o também mediano Santos, deu tudo o que tinha para dar e mesmo assim empatou o jogo. Jogou mal, apenas, e por uma maior causa: Baier esteve cansado.
Com o esquema adotado por Lopes nas últimas três partidas -- um nítido 4-3-3, com uma linha de quatro zagueiros, dois volantes, o armador, dois pontas e um centroavante --, Baier sofre, sofre e sofre muito. E ontem deu claros sinais de cansaço, já pelos 35 do primeiro tempo. E não é para menos.
Por isso, para que o nosso cérebro e maestro consiga, com tranquilidade, pensar e correr por pelo menos 80 minutos, mostra-se tão importante que as três peças do ataque funcionem, e para tal creio que Lopes pareça já ter encontrado a solução: ter um centroavante que consiga e saiba prender a bola -- e Patrick fez isso muito bem, embora tenha que aprender a fazer gol -- e ter dois pontas que façam jogar o jogo e que não desperdicem tantas bolas -- como o de lua Wallyson e o insuportável lua cheia Alex Mineiro têm feito --, compondo as nossas pontas com Marcinho (pois, além de ter voltado a jogar bem, ser experiente e dividir as responsabilidades de liderança, é atacante e não meia, como quer ser) e Wesley (pois, além de vontade, tem a impressionante capacidade orgânica e tridimensional de estar em todos os lugares do campo ao mesmo tempo).
Sábado, diante do Avaí, teremos essa contra-prova.