quinta-feira, 28 de maio de 2009

# vieram, viram e venceram


fdsCoincidência ou não, ambos os times campeões dos dois grandes torneios europeus jogam um belíssimo futebol: bem pensado, bem armado, bem tocado, categórico, imperial, pra frente e envolvente. Um primor.
fdsA jogar com 4 zagueiros, 1 volante e 5 hábeis armadores&avantes, medusicamente envolveram os times adversários que, em regra, não conseguiram mostrar reação. E assim, com um futebol vistoso e virtuoso, ambos vieram, viram e venceram.
fdsO Shakhtar, da Ucrânia, joga do meio pra frente como jogava, guardadas as devidas proporções, aquelas famosas linhas de 5 jogadores dos anos 50/60 -- quem não lembra de Durval, Mengálvio, Coutinho, Pelé e Pepe?? Assim, com Ilsinho, Fernandinho, Luis Adriano, Jadson e William -- isso mesmo, são cinco brasileiros (!) --, o escrete ucraniano atua pressionando o adversário, com toques rápidos, frequentes e certeiros, até chegar, eficaz e invariavelmente, à meta adversária -- no jogo final, v.g., o quinteto finalizou espantosas 18 vezes contra o gol alemão.
fdsO Barcelona, um pouco diferente, não atua com essa linha de cinco, mas se dá ao luxo de ter a melhor dupla de jogadores do mundo da atualidade, os armadores Iniesta e Xavi, os quais abastecem eficaz e incessantemente a dupla de avantes Eto'o e Henry e libera o ponta-de-lança Messi para fazer&desfazer o que bem entender em campo, como assim se deve permitir para um craque como ele. O resultado: a supremacia da equipe catalã em todos os campeonatos que disputou na temporada.
fdsEm suma, por todo o mundo a tendência parecer mesmo ser essa, com os times e seleções a jogar com grandes armadores, ponta-de-lança, centroavante e ponta(s) muito bem distribuídos, sepultando a perseverante idéia de se jogar com dois ou três brucutus no meio-campo e um centroavante enfiado, como serelepe ou boneco de posto de gasolina.
fdsOra, o meio-campo é o lugar de se pensar-agir-matar o jogo, é onde as coisas devem ser&acontecer, é o habitat natural de pensadores, hábeis e craques. Volante? Um, fundamental, e ponto. Ademais, sacrificar os laterais um jogo todo, em idas-e-vindas infindáveis e infinitas entre ataque&defesa, é uma grande estupidez tática, uma atrocidade física e um desperdício técnico. A César o que é de César, e aos laterais o que é dos laterais.
fdsSeja no esquema destes clubes europeus ou seja no revolucionário 4-1-4-1 da Espanha, o negócio é que 3-5-2 ou 4-4-2 já tiveram os seus dias de glória e hoje já merecem ser sepultados. Aleluia, aleluia!
fdsEntre poucos, falta o Brasil (e alguns clubes nacionais) também querer enxergar isso.
fds