quarta-feira, 12 de agosto de 2009

# marionetes e joonetes

fdsfdsfdsfdsfds O nada transformado em fato e, por conseguinte, a criar pânico e bestialidades generalizadas só fez mostrar e comprovar, mais uma vez, o quão manipulável é a nossa gente, incapaz de enxergar o palmo à frente do nariz e incapaz de pensar.
fdsfdsfdsfdsfds E mesmo assim, ou, melhor, e só por isso é que a democracia representativa e o voto obrigatório são defendidos a torto e à direita...
fdsfds

segunda-feira, 10 de agosto de 2009

# aspas (xxiii)



Um dos bons jornalistas da atualidade, Leandro Fortes, além da Carta Capital, assina artigos em seu blog "Brasília eu vi" (v. aqui).
 
Um deles, excelente, reproduzimos sumariamente abaixo.
 
Não deixa de ser engraçado – e emblemático – o pavor físico que a presença de Hugo Chávez na presidência da Venezuela provoca numa quantidade razoável de colunistas e analistas de aleatoriedades políticas que abundam na imprensa brasileira. De certa forma, o chavismo veio suprir a lacuna deixada pelo comunismo como doutrina do medo, expediente muito caro à direita no mundo todo, mas que no Brasil sempre oscilou entre o infantilismo ideológico e o mau caratismo. Antes do fim dos regimes comunistas da União Soviética e de seus países satélites, no final dos anos 1980, era fácil compor um bicho-papão guloso por criancinhas, ateu e cruel, prestes a ocupar condomínios de luxo com gente grosseira e sem modos, a mijar nas piscinas e sujar o mármore dos lavabos com graxa e estrume roubado a latifúndios expropriados. Ao longo dos anos 1990, muita gente ainda conseguiu sobreviver falando disso, embora fosse um discurso maluco sobre um mundo que não mais existia. (...).
   No vasto império da América do Norte, onde o fim do comunismo também foi comemorado como o fim da História, os falcões republicanos perceberam de cara que seria inviável continuar a assustar os eleitores com o fantasma débil e inacabado da ditadura de Fidel Castro, esse sujeito que, incrivelmente, ainda faz sujar as calças dos ruralistas brasileiros e de suas penas de aluguel. Por essa razão, e para manter azeitado o bilionário negócio de venda de armas, os americanos inventaram a tal guerra contra as drogas, cujo resultado prático, duas décadas depois, vem a ser o aumento planetário da produção e do consumo de todo tipo de entorpecente, da maconha às super anfetaminas.
   George W. Bush usou o medo do terrorismo para também suprir a ausência da ameaça comunista, embora não tenha sequer tido o cuidado de mudar os métodos, baseados na mentira e na tortura, nem sempre nessa ordem.
   O mote agora, replicado aqui e acolá por analistas apavorados, é a sombra de Hugo Chávez sobre Honduras, onde um golpe de Estado passou a ser descaradamente justificado nesse contexto. Graças aos golpistas, visivelmente uma elite branca e desesperada, como aquela que faz manifestações trajando jogging em Caracas, o chavismo teria sido abortado em Honduras, antes que virasse coisa como a Bolívia, o Equador e o Paraguai – ou seja, repúblicas perigosamente dominadas por governos populares. São os novos comunistas, revolucionários da pior espécie porque, justamente, abriram mão das revoluções para tomar o poder pela via do voto, da democracia. E, pior, muitos são cristãos.
   Quando tucanos e pefelistas se mobilizaram, inclusive à custa de compra de votos, para aprovar o projeto de reeleição de FHC, em 1997, os editoriais e colunas da mídia nacional se desmancharam em elogios e rapapés. Saudaram a quebra da regra eleitoral como um alento à democracia e condição essencial à continuidade do desmonte do Estado e à privatização dos setores estratégicos da economia, a qualquer custo.
   Quando o assunto é Chávez, no entanto, qualquer movimento institucional, todos previstos nas regras constitucionais da Venezuela, é golpe. Reeleição? É golpe. Plebiscito? É golpe. TV pública? É golpe. Usar o dinheiro do petróleo em projetos populares? Isso, então nem se fala: é mais do que golpe, é covardia. (...)
   Os tempos do anticomunismo eram estúpidos, mas pelo menos a gente sabia do que os idiotas tinham medo, de verdade.



 



 

domingo, 9 de agosto de 2009

# bigode maldito: a mídia hoje e o glauber ontem



Por que será que só agora, 40 anos depois, a grande mídia nacional resolveu destruir José Sarney?

Por que nunca o fez antes?

Por que jamais divulgou a história desta peste que jamais pensou o (e no) Brasil e, pior, que na modernidade foi o maior responsável para o Maranhão ser um dos lugares mais pobres do país?

Elementar meus caros.


É que agora ele -- como todo o PMDB -- aparenta ser um promotor do Governo Lula e da eleição de Dilma em 2010, relativamente importante haja vista o seu poder partidário e regional no cenáro político; portanto, a "descoberta" é pura conveniência e hipocrisia, grande desespero e deslavado interesse demo-tucano apoiado pela grande mídia.


Isso, evidentemente, não significa que se deva esconder o que foi e o que fez esse homem, que está no cenário público-político, juntamente com sua famiglia, desde o início do século passado.

Inclusive parte nascente dessa tragédica trajetória pública do clã Sarney pode ser muito bem vista numa preciosa curtíssima-metragem de Glauber Rocha, "Maranhão 66", que originalmente fora encomendada pelo próprio José Sarney -- por intermédio da família Barreto, que incauta (ou não) indicou o jovem Glauber para fazer o filme -- em sua posse no governo daquele Estado nordestino, em 1966, mas que não fora utilizado para esse mesmo fim, por motivos que, assistindo o filme abaixo, são óbvios...

Por sinal, Glauber baseou-se neste infame homem da política nacional e maranhense -- hoje Senador pelo Amapá (?!) -- para criar o personagem Porfírio Diaz, protagonista do filme "Terra em Transe" e que foi interpretado pelo grandioso Paulo Autran.


"Terra em Transe" 

ds

sábado, 8 de agosto de 2009

# a gripe (ou, a grande praga)


fdPor incrível que pareça, nos últimos dias recebi diversos emails de colegas e amigos do resto do Brasil -- e inclusive de alguns extramuros --, preocupados com o estado de calamidade pública que se alarda para Curitiba, por culpa dessa mais nova praga do Egito. Então reproduzo uma síntese do que há mais de um mês já dizemos neste sideral espaço virtual.- x
fdsO nome científico para o que ocorre é "estado hipocondríaco transitório movido por um estresse psicossocial".
dsMeus caros, a verdade está a um palmo dos nossos olhos: está a se falar demais sobre o "nada", dando ao "nada" status de "fato", a criar mensagens subliminares que (inconscientemente) intentam mostrar a todos a aproximação de um monstruoso enxame de rãs, sarnas e gafanhotos, que dará início ao grande dia do juízo final.
fdsLendo os emails e os jornais que por aí abundam, daí sim começo a temer pela minha vida. Não por causa da gripe, mas porque sou o primogênito.
fdsÉ preciso responsabilidade e cabeça no que se diz, se escreve e se faz. Lavar as mãos com habitualidade, levar a mão à boca quando espirrar ou tossir, evitar excessos, não frequentar lugares públicos se tiver gripe ou febre, evitar expor crianças ao frio e à aglomeração etc., são atitudes óbvias do ponto de vista da higiene e da saúde humana. Essa gripe, se não cuidada ou desprezada, vai matar como mata a outra, mas muito menos, por ser bem menos grave.
fdsDevemos evitar a propagação desse bestial pânico e dessa estupidez amorfa e repelir a concretização das inúteis medidas em voga, como fechar escolas, vestir-se gratuitamente de michael jackson ou habitar em câmaras frias ou em grutas, como ermitões.
fdsEnfim, o surto, o pânico e o medo são consequências do alarde oportunista da grande mídia e de alguns (ou vários?) profissionais da saúde despreparados ou, e especialmente, que lucram com isso e com todos os gastos dispendidos pelo Estado ou mesmo pelos cidadãos.
fdsLonge de se adonar da verdade, quero apenas evitar que muitos continuem a propalar a ignorância e a irracionalidade, pois isso sim pega e contagia.
fdsNão sou cientista médico, mas cientista social, por isso busco amparo nos mais diversos homens da saúde pública e, não a toa, o que tantos renomados especialistas, desprezados pela grande mídia -- como a Diretora do Hospital das Clínicas de SP (mestre em epidemologia) e o Diretor da Faculdade de Medicina da USP (doutor em infectologia), ambos aqui e aqui citados --, afirmam é que a fome, o frio, a esquistossomose e a malária matam (e matarão) centenas de milhares de vezes mais do que o "monstro" da nova gripe, o (pseudo)anúncio do apocalipse.
fdsMas acontece que essa não mata só a turma do morro, dos grotões, das favelas, a trazer muito mais ibope e lucros via a contenção por paralisia sócio-mental da população.fds


sexta-feira, 7 de agosto de 2009

# uma nova praça pública

O cientista jurídico Fabio Tokars, em artigo chamado "Internet e Democracia" (v. aqui), traz a teoria do cientista político Benjamin Barber, esposada na sua obra "A Place for Us: How to Make Society Civil and Democracy Strong" (sem edição brasileira), cujo cerne está no fato da democracia não encontrar condições de se desenvolver de forma plena na sociedade contemporânea.
No referido artigo, diz que uma das principais razões da tese do acadêmico estunidense centra-se na inexistência de espaços públicos onde os cidadãos pudessem compartilhar experiências, angústias, expectativas e propostas para a construção de soluções para um mundo mais justo.
Clama-se, portanto, por uma nova praça pública: a praça virtual, vinda da internet, onde "as as vozes se fazem ouvir, sem serem abafadas pelo burburinho da multidão. A informação está disponibilizada, não pela versão de um orador, mas pela multiplicidade das análises - todas possíveis, todas audíveis. Todos podemos ouvir, todos podemos falar".
Nestes termos, Barber propõe a relativização e a mitigação da importância desta vigente "democracia representativa", a qual, obviamente, não quer (e não consegue) representar os maiores e verdadeiros interesses do povo.
fds

quinta-feira, 6 de agosto de 2009

# atleticanas (xxiv)

Yo Joe!, eu ouvia o General gritar, à beira do campo de guerra, para os seus comandados em ação. Estrategicamente (quase) brilhante, a esquadra armada pelo comandante adonou-se da situação, apoderou-se do terreno alheio e fez valer a força rubro-negra. A superioridade tática era tamanha que a batalha fez lembrar o desembarque das tropas aliadas na Normandia. Os poucos tiros e a lânguida ofensiva inimiga esbarravam na muralha erguida na meta atleticana. Todos já parecem perceber que a retaguarda desta tropa é praticamente impenetrável, pois um arqueiro, que parece octópode, defende tudo e a todos. No meio, a fúria de um guerreiro negro implacável, um kamikaze fundamental para garantir os (i)mortais contra-ataques. Pelos flancos e no ataque, a velocidade titânica confunde-se com um furacão que consegue aniquilar o adversário, sem espaço e sem chances para a sobrevivência inimiga. E entre a retaguarda e a ofensiva, o cérebro pensante, que mais do que articulações, camuflagens e músculos, leva toda a experiência para o microcosmos do combate, transforma em exitosas ações as ideias e estratégias do comandante e conduz magistralmente o grupo à vitória. Venceu-se outra batalha.
fds

quarta-feira, 5 de agosto de 2009

# denorex às avessas

 
O Brasil é o país mais desigual do continente mais desigual do mundo.
 
Porém, isso tem mudado, a passos lentos mas concretos, neste Governo Lula.
 
Quem diz é o adversário (v. aqui): no período de março de 2002 a junho de 2009, 4 milhões de brasileiros deixaram a condição de pobreza, passando de 18,5 milhões em 2002 para 14,5 milhões em junho de 2009, mediante uma metodologia que identifica a pobreza pelo rendimento médio familiar per capita de até meio salário mínimo mensal.
O índice de Gini – padrão mundial que mostra o nível de desigualdade dos países, atrás do nível de distribuição de renda, cujo índice quanto mais próximo de 1 (um) denota a maior desigualdade –, alcançou 0,493 em junho último, desde sempre o seu menor patamar nas seis principais regiões metropolitanas do Brasil, conforme dados da PME (Pesquisa Mensal de Emprego) do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia Estatística).
 
Muitos discutem que esse índice não presta e que o importante é ter PIB, e nada mais.
 
Errado!
 
Pensemos:
(i) o país C – de Cuba, suponhamos aleatoriamente – dispõe de “x” dinheiros per capita e apresenta um índice de Gini bem próximo a zero, a conseguir que toda a sua população disponha de educação, saúde, habitação, lazer e segurança pública;
(ii) outro país C – de Cuécia, suponhamos imaginariamente... – dispõe de “50x” dinheiros per capita e apresenta um índice de Gini bem próximo a zero, a conseguir que toda a sua população disponha de educação, saúde, habitação, lazer e segurança pública excepcionais;
 
(iii) um país B – de Brasil, suponhamos aleatoriamente... – dispõe de “25x” dinheiros per capita e apresenta um índice de Gini bem distante a zero, a conseguir que apenas uma pequena parte da sua população disponha de educação, saúde, habitação, lazer e segurança pública; e,
 
(iv) um outro país B – de Bestados Unidos, suponhamos imaginariamente... – dispõe de “75x” dinheiros per capita e apresenta um índice de Gini distante a zero, a conseguir que apenas parte da sua população disponha de educação, saúde, habitação, lazer e segurança pública.
 
Será que realmente não vale, como um dos critérios para exame da egalité e fraternité de um país, o índice de Gini? Será que o PIB, sozinho, não se mostra tão importante, e até insuficiente?
 
Indubitavelmente, parece que as condições expostas para os países “B” são menos razoáveis e menos justas que aquelas dos países “A”.
 
Ou não?


segunda-feira, 3 de agosto de 2009

# aspas (xxii)



Não resisti...

Eis o depoimento da Sra. Anna Sara Levi, epidemologista coordenadora do Hospital das Clínicas de São Paulo, a ratificar a estupidez e a cegueira branca humanas (v. aqui):

   "Trata-se de um 'estado hipocondríaco transitório' movido por um 'estresse psicossocial'. Em outros anos, a pessoa engripava e se tratava com repouso em casa e antigripal. Agora, ela vai para o hospital ver se os sintomas que tem não são da pandemia.
   Não é injustificada a presença das pessoas em um pronto-socorro movimentado como este: algum problema de saúde elas têm. Afinal, estamos no inverno, quando aumenta o número de doenças respiratórias. Mas a grande maioria apresenta quadro leve e podem se tratar em casa de seus resfriados e gripes. (...)
   Quando se descobriu o vírus HIV nos anos 80, criou-se uma neurose. Foi a mesma coisa com um surto de febre amarela no final de 2007, com gente morrendo porque tomou duas vezes a vacina em curto período de tempo. Agora é a vez da gripe tipo A fazer qualquer espirro parecer uma contaminação".



 

domingo, 2 de agosto de 2009

# atleticanas (xxiii)

fdsFirme, corajoso, experiente, técnico e... milagreiro. É o nosso galáttico.
fdsHá tempos defendo Galatto, um dos melhores guarda-redes do Brasil, como um grande atleta e um grande injustiçado. Quem nunca errou que atirasse a primeira pedra, mas que não o tirasse da meta rubro-negra, pois era inconcebível colocá-lo na reserva, ainda mais de quem.
fdsÉ muito diferente assistir e torcer com ele a vestir a camisa 1. Bola alçada, bola chutada, bola recuada, enfim, nada nos assusta, e, melhor, dá-nos a necessária tranquilidade e segurança para ir ao ataque, ainda que aos trancos &barrancos e numa pindaíba só.
fdsAfora isso, valeu a aplicação, o foco e a dedicação física e tática da equipe. Wesley (o nosso Sansão), Rodolfo (era ele mesmo?), Valencia (de volta às origens, na cabeça da área), Bruno (achamos um zagueiro?), Nei (descobriu-se zagueiro?), Raul, Márcio e Marcinho, fizeram valer a força da camisa atleticana, enquanto Paulo Baier fez valer os 150 mil reais que ganha por mês.
fdsEnfim, a vitória de hoje, ainda que mal jogada e mal vencida como foi, aliviaria e daria esperanças para a sequência, pois num confronto direto -- pois parece que o Flu ocupará a vaga do Santos entre os meus dez que disputam a queda (v. aqui) ... -- não importa os meios, mas o fim alcançado.
fdsPorém, como suportar esses sentimentos quando se contrata Antônio Lopes, e a tiracolo o Lopinho? Pô, delegado por delegado, bota o Protógenes, o Azor...
fds
fds

sábado, 1 de agosto de 2009

# antifahrenheit 451 (xv)


fdsNão convém à grande mídia trazer tal noticiário. Logo, é muito provável que você ou não saiba do fato, ou o tenha distorcido, como de praxe.
fdsAcontece que o Governo do Paraná finalmente resolveu acabar com a farra do grupo estrangeiro Dominó e do seu cabeça Daniel Dantas, o empresário bandido condenado mais famoso e um dos homens mais ricos do Brasil (situações que, convenhamos, costumam andar, sob o plano moral, bastante próximas...).
fdsNo Governo Jaime Lerner, Daniel Dantas e a Dominó Holding tornaram-se donos de 40% das ações da Sanepar, e, além disso, graças a um "acordo" de acionistas assinado por Giovani Gionédis, na época Secretário da Fazenda de Lerner, assumiram o comando da empresa -- vale ressaltar que esse "pacto com o capeta" é considerado ilegal pelo Ministério Público, em parecer anexado à ação judicial que questiona o acordo, a qual foi movida pelo Governo do Paraná assim que Roberto Requião assumiu o mandato, em 2003.
fdsApós esse período, a Sanepar recebeu R$ 744 milhões do Estado, como parte de empréstimos internacionais contraídos pelo Governo do Paraná; porém, como a lei veda empréstimos do Estado a empresas estatais, é necessário que aquele valor seja usado para aumentar o capital social da Sanepar.
fdsEntretanto, o consórcio Dominó está a impedir, na Justiça, que a Sanepar convoque assembléia para autorizar o aumento de capital. Diante disso, o Estado enviou ofício à Sanepar, pedindo a devolução daquele montante, pois, se não for para aumentar o capital social da Sanepar -- e, ipso facto, nela aumentar a participação acionário do Estado --, é ilegal tal empréstimo, merecendo, pois, a sua imdiata devolução para os cofres públicos.
fdsPortanto, é fácil entender por que os empresários privados não querem o aumento de capital. Com esse aumento, ou o grupo ligado ao banqueiro condenado Daniel Dantas investe quantia igual, ou sua participação acionária na Sanepar se reduz de 40% para 20%, o que seria um péssimo negócio, diante da eficiência da empresa estatal de água e saneamento básico.
fdsAssim, no ofício endereçado à Sanepar, o Governo do Paraná pede a devolução de R$ 285 milhões -- já pagos pelo Estado aos bancos que emprestaram o dinheiro -- em 30 dias; e os R$ 458 milhões restantes devem ser devolvidos em até seis meses.
fdsE, por fim, disse o Governador Roberto Requião que, se no prazo fixado isso não for cumprido, o Paraná criará uma "nova" Sanepar para suprir, com eficiência e justiça, as necessidades de investimento estatal em água e saneamento básico. Com isso, a empresa atual será descapitalizada e terá uma concorrente patrocinada pelo próprio governo do Estado.
fdsEstá dado o xeque-mate. Resta agora saber, mais uma vez, de que lado estará a grande mídia nacional e estadual: se ao lado do Estado e do interesse público, ou se ao lado do milionário banqueiro e bandido condenado Daniel Dantas e sua trupe (v. aqui ou aqui).
fds


# aspas (xxi)



No "Vi o Mundo", do jornalista Luiz Carlos Azenha (v. aqui), uma das certas conclusões acerca da (atual) maior "praga" da humanidade, que está a disseminar o "terror" e a "morte".

É esse o tipo do jornalismo, a refletir do (e no) comportamento da população, que desgraça o mundo.

E prometo ter sido a última manifestação sobre a tal gripe -- salvo, claro, daqui a um ou dois meses, quando tudo tiver acabado e todos os parvos apavorados de plantão já estiverem calminhos, calminhos, momento que merecerá um sonoro: "E daí?"...
 

   "Na vida real -- que jamais aparece no fato jornalístico --, o que está acontecendo hoje é que NINGUÉM está informando objetivamente sobre coisa alguma, pela suficiente razão de que TODOS estão informando DEMAIS... sobre NADA.
   Por exemplo: quantos morreram no mundo, ontem, por efeitos da desnutrição crônica? Taí. Ninguém informou 'fato' algum sobre isso. Então... tudo se passa como se não tivesse morrido ninguém, ontem, por efeitos da desnutrição crônica... 'porque' ninguém desenhou o infográfico das mortes por efeito da desnutrição crônica, nem nenhum jornalismo 'informou' sobre esse fato.
   Estamos presos na arapuca 'jornalística': vez que TODOS falaram DEMAIS sobre a gripe, criou-se uma situação na qual ou TODOS continuam falando sempre sobre o mesmo 'nada' (o que dá ao NADA status de 'FATO'!) ou TODOS terão COMPROVADO que TODOS falam DEMAIS sobre assuntos TOTALMENTE sem importância alguma. "
 
 
 
 
 

# downsizing

fdAfora a incompetência em boa parte da velha guarda -- que entrou na carreira pública pela porta dos fundos, sem a mínima preparação e sem o mínimo estudo, numa época cujo momento histórico caracterizava-se por um serviço público ineficiente, pessoal e patrimonialista --, outro grande problema que acomete a Administração Pública é, sem dúvida, o excesso de gente que, no âmbito administrativo-gerencial, não serve para nada.
fdO Estado precisa de um plano gerencial e uma reforma administrativa séria -- portanto, não igual àquele faz-de-conta de Minas Gerais, tão propalado --, que remonte os seus quadros, redistribua as suas peças e reconfigure o seu binômio necessidade-utilidade.
fdUma solução simples e altamente eficiente? Cortar 25% dessa gente que, em cargos de comissão ou efetivos -- afinal, desde a EC 19/98, a avaliação de desempenho é capaz de exonerar os servidores efetivos --, não produzem, não agem e só coçam ou atrapalham, e transferir a verba pública economizada para três classes, mediante novas contratações e melhores remunerações: professores, policiais e médicos-enfermeiros.
fdPara ilustrar isso, tomemos um rápido exemplo: afinal, no âmbito de Secretarias (e de Ministérios), para que serve um "Chefe de Gabinete" ou coisas do gênero, que, tão bem remunerado, está ali para oferecer cafezinho e carona, atender gente chata ou alheia, fazer uma média com as pessoas e resolver probleminhas, uma vez que a regra de um próprio "Gabinete" é ter: copeiras para servir café e motoristas para conduzir, secretárias para atender pessoas e telefones (inoportunos ou não), assessores administrativos, jurídicos e de imprensa para resolver problemas -- inclusive com os media -- e um diretor geral para resolver (quase) tudo?
fd