segunda-feira, 1 de novembro de 2010

# às feridas, históricas e bem abertas


fdsDilma venceu.
fdsE, com ela, o que mais se espera é o aprofundamento das políticas sociais e o aceleramento das mudanças sociais.
fdsCom ela, aguarda-se que as feridas intocadas pelo Governo Lula, particularmente a reforma agrária, a reconfiguração tributária, a revisão político-eleitoral e a regulamentação dos meios de comunicação, seja finalmente implementadas.
fdsEngana-se, muito, quem não acredita na presidente eleita ou quem a imagina frágil, fantoche ou fanfarrona.
fdsEla, afora tecnicamente habilidosíssima, é, ideológica e cientificamente, muito mais comprometida com os ideais e as teses da esquerda do que o Presidente Lula.
fdsEra, isso, portanto, um dos maiores temores da elite branca, reacionária e conservadora brasileira.
fdsAfinal, em toda transição tem-se um lado de continuidade e outro de ruptura. Assim, se no governo Lula houve a continuidade no projeto macroeconômico e a ruptura do Estado mínimo neoliberal para um Estado minimamente intervencionista e social, com Dilma, muito pouco restará do inefetivo paradigma antigo, devendo ser promovidas substanciais reformas na estruturação do Estado como agente efetivamente intervencionista e social.
fdsLula mudou o rumo e o jeito do país; Dilma, intensificará a velocidade e e a constância desta trajetória. E o Brasil continuará a mudar.
fdsConjugado a este seu perfil, Dilma conseguirá, como nunca antes na história deste país, maioria absoluta no Congresso Nacional, ou seja, Câmara de Deputados e Senado Federal estarão politicamente comprometidos e vinculados ao Governo, conforme bem delineou o resultado das últimas eleições parlamentares.
fdsTal conformação propiciará ao Governo Federal o grande trunfo de poder aprovar leis, emendas, projetos e políticas com facilidade e eficácia, sendo irrelevante o trabalho desestrutural da oposição, cujo boicote às grandes (ou pequenas) ideias não terá o condão de engessar as reformas que o país tanto precisa.
fdsTal situação, portanto, trará muito maior eficácia às ações estatais, o que resultará num governo mais eficiente para a população.
fdsE, assim, após os “demos” terem sido devidamente exorcizados nestas eleições – fora, claro, no estranho Estado de Santa Catarina... –, nas próximas, ao final destes quatro anos, o Brasil certamente verá a extinção dos “tucanos”.
fdsE todos, e não mais apenas os 5% brancos, limpos e cheirosos encastelados, passarão a viver felizes para... hoje.
fds