Chega o fim da era Barbosa.
Injustiçado, polemizado, criticado.
Jamais bajulado, fetichizado, dissimulado.
Macambúzio, hábil, corajoso e incompreendido.
Jamais arrogante, falastrão, pernóstico e desequilibrado.
Infelizmente ele se foi, e carregou com ele as censuras de todo um Brasil em suas costas.
E jamais teve consigo a glória midiática, reluzente, platinada.
Sim, chega o fim da era do grande Barbosa, o goleiro negro de 50 que chorou a falha até o fim da vida e cuja falta sempre lembramos para neste histórico momento enfim querer expurgar.
E não de outro, de prenome Joaquim, que sai da história para alívio da ordem republicana e judiciária.
A era agora é a de Júlio Cesar, goleiro de quem a nossa nova Copa vingará a tragédia da era passada – como aqui, inclusive, já muito bem se vaticinou.
E não mais a época do déspota do Império Romano, nestes tempos travestido num outro negro que só agora se vai, a disseminar vinditas e trágicas decisões, remoendo ranço e rancor.
Sim, não tenho dúvidas.
Os deuses do futebol hão de fazer do nosso Júlio a redenção daquele nosso arqueiro Barbosa.
Enquanto a Deusa Têmis ainda chorará os desatinos do outro Barbosa e seu arquétipo à imagem e semelhança do Júlio romano.