segunda-feira, 10 de março de 2014

# peste bubônica


Beto Richa é o pior governador da história moderna do Paraná.

Esqueçamos, claro, todo aquele pessoal que governou um Estado ainda impúbere, por poucos meses, sem tempo e sem muito propósito de fazer alguma coisa – e só entre 1853 e 1900 foram mais de cinquenta (v. aqui).

Excluamos também aquelas figuras insólitas, aristocráticas – em cujas fotos oficiais invariavelmente posavam de fraque, relógio de bolso e cavanhaques , viventes de um país semicolonial, com um Paraná quase-comarca e cujos mandatos não se podia muito bem avaliar.

E, por fim, por óbvio deixemos de lado a turma de plantão indicada pelos milicos ou pelo governo central, em regra formada por paus-mandados logicamente incapazes de qualquer ato de autonomia, de enfrentamento e de promoção do interesse público.

voilà, temos o nosso Bebeto, de autêntica cepa demo-tucana, encabeçando a lista do pior de todos os tempos – v. aqui e aqui do que ele se (de)compõe.

O Paraná, meus caros, parou e desceu a ladeira, a restar abandonado num canto central do país, tudo fruto e arte da negligência, da imprudência e da imperícia de Beto Richa e sua trupe.

Um mandato cretino, um oco político e um vendilhão da alma e do sangue da coisa pública paranaense, basta ver hoje a nula presença do Estado como fonte de alternativas políticas no cenário nacional.

Uma gestão enfadonha, um despreparo pungente e um retumbante fracasso em qualquer área, em especial na economia e no trabalho, basta ver hoje os flagrantes números da indústria e do emprego.

Uma administração separatista, um andejo que meteu a pique todas as políticas sociais e que ignorou as áreas carentes do interior e da periferia da capital, basta ver hoje a abandonada realidade dessas regiões do Estado.

Beto Richa foi tão incompetente, mas tão incompetente, que nem mesmo implementar a cartilha do PSDB e seguir o evangelho liberal – "Estado não é nada, o mercado é tudo" (v. aqui– ele conseguiu.

Não conseguiu, mas, sejamos justos, até tentou levar a cabo as suas ideias – e as ideias da sua gente – de acabar com Sanepar, Copel, florestas, agricultura familiar... e de reduzir a pó a rede de hospitais regionais, as universidades estaduais, as micro e pequenas empresas e o aparelho policial, entre outras tantas coisas.

Pensando bem, o menino Richa consegue o prodígio de se encaixar naqueles dois grupos café-com-leite lá em cima indicados.

Afinal, foi um pau-mandado dos grandes interesses de classe, que nada fez no tempo que teve a não ser aparecer posando grácil para as colunas sociais da aristocracia curitibana que insiste em se aquartelar numa época medieval.