sexta-feira, 24 de outubro de 2014

# arranjo final

 
A velha mídia, claro, não dá ponto sem nó.
 
E bem articulada com a oposição traz consequências explosivas.
 
Por isso, soa por demais estranho, a esta hora e neste dia, o resultado destas pesquisas -- até dessa aqui, cujo dono faz campanha tucana... --, estampado em letras garrafais nas capas e manchetes da tv, das rádios e dos jornalões.
 
Não acredito no tal descolamento, embora o processo de desconstrução da candidatura tucana seja algo muito fácil de se levar adiante.
 
Afinal, não foi por outro motivo que o PT preferiu, primeiro, "revelar" ao mundo o que era, o que defendia e o que (não) pensava a Sra. Marina Silva (v. aqui), pois já sabia que desbancar o PSDB seria algo menos complexo.
 
Ora, lembrando Marx, se "tudo que é sólido desmancha no ar", os tucanos se desmancham em pleno solo, em pleno confronto no rés-do-chão da política, tamanha a pobreza e a obsolescência das suas teses, teorias, planos, programas e ações mundo afora.
 
Portanto, não precisa ser nenhum gênio da propaganda, e nenhum Cícero da oratória, para mostrar na campanha e nos discursos a absoluta distância que separa, sob qualquer viés comparativo, o Brasil do PT e o Brasil do PSDB (v. aqui e aqui).
 
Mas, até agora, apesar disso tudo, grande parte da população ainda se ilude com o fetiche das passeatas de junho, compra a versão midiática que colou na testa do PT o selo exclusivo da corrupção (v. aqui e aqui) e quer... "mudança", ainda que o PSDB esteja a léguas de qualquer projeto real e verdadeiro de mudança, uma vez que representa o retrocesso para algo que já se conhece e já se sabe ser ruim -- se mudar é mesmo o verbo, então seria mudar para pior (v. aqui).
 
Logo, por todas estas circunstâncias, a disputa será voto a voto, urna a urna, bairro a bairro.
 
Nada disso de "deslocamento".
 
Por isso creio na absoluta mentira -- muito além de mero erro -- dos institutos de pesquisa, arranjada pela mídia e pela oposição para vencer, tudo bem orquestrado, pari passu, com a torpe repercussão da capa do panfleto da Abril.
 
A tese?
 
Criar um clima de "já ganhou" e motivar marineiros, marinheiros e indecisos a pensarem assim: "Ah.... a Dilma já ganhou mesmo... vou votar no Aécio...".
 
Com isso, ficariam com a consciência "limpa" e ainda obedeceriam ao "clamor-das-ruas" que pediram "mudança".

A ver.