sexta-feira, 12 de dezembro de 2008

# o futuro do presente da crise (ou, "rumos e verdades - III")

fdsPregava Margaret Tatcher -- a primeira-ministra britânica dos anos 80/90 que simbolizou a efetivação prática do neoliberalismo, depois seguida por tantos outros comandantes nacionais, inclusive FHC --, para justificar o modelo neoliberal de (?) "Estado": "There is no alternative!", e a frase tornou-se célebre. Tão célebre, e tanto quanto nefando, foi também a idéia de Francis Fukuyama -- ideólogo de outro governo propulsor do neoliberalismo, o Governo Reagan, nos EUA -- que propagava, depois de 1989, estarmos diante do "Fim da História". Duas concepções de uma (ir)realidade mundanal que hoje evidenciam-se inconcebíveis.
fdsPor quê? Ora, o capitalismo, para além das suas tantas crueldades e mentiras, mostrou-se incapaz de ser gerido nos moldes vigentes, a desprezar o Estado -- já especificamente em sua vertente econômica -- e a sociedade -- na sua mais crua acepção, ligada ao ser humano e ao meio ambiente.
fdsE, em suma, foi isso que este seminário internacional -- "Crise: Rumos e Verdades" -- promovido pelo Governador Roberto Requião procurou (e, explicitamente, conseguiu) demonstrar, ainda que sob um viés quase exclusivamente econômico: este sórdido modelo de sociedade e de (?) "Estado" não poderá se manter, a levar a cabo toda essa montagem social (e política, e econômica) que se finca tão-somente numa ética hedonista que privilegia o individualismo, o consumismo e o materialismo.
fdsE é por isso que hay camino: um caminho alternativo que dará um novo e feliz final à história.