domingo, 12 de julho de 2009

# atleticanas (xvii)

fdsNão era coisa de Mãe Dinah, ou de palpiteiro inconveniente. Era óbvio, ululante, mera coisa de quem enxerga o rude esporte bretão.
fdsA alteração do sistema de jogo para o tradicional 4-4-2 era algo que já percebíamos (e pedíamos) desde o começo do ano (v. aqui e aqui) e mostrava-se absolutamente necessária.
fdsNão se tratava, pois, de uma mera mudança na colocação e na disposição das peças, nem de perseguição a fulanos e beltranos; na verdade, mais do que isso, o plantel rubro-negro não apresentava as peças imprescindíveis para se jogar num 3-5-2. Era, pois, urgente a mudança de esquema tático para o Atlético.
fdsSim, afinal, não temos um segundo-volante, não temos um líbero e não temos o ponta-de-lança, três elementos vitais para se ter êxito no ex-quema de jogo que há mais de ano vigia no Furacão.
fdsE hoje, finalmente, o treinador Waldemar Lemos resolveu mudar. E deu no que deu: 3 x 2 contra o Internacional, o qual, diga-se, é muito mais falado e afamado que jogado, pois tem uma zaga e um meio-campo pífios, laterais horrorosos e se salva às custas de 3 excelentes jogadores (Giñazu, Taison e Nilmar) .
fdsCoincidência? Não. Deu mais responsabilidade -- e, quase paradoxalmente, mais segurança -- aos dois zagueiros, pois não havia um terceiro homem na sobra, de prontidão para abafar os vacilos de algum deles; povoou o meio-campo com 4 jogadores, arrefecendo um pouco o trabalho do único Valência e colocando os armadores nos seus devidos lugares; fez os alas serem laterais e alas; e fez o time ser mais organizado, funcional e eficiente.
fdsFaltou um centroavante? Até os 30 minutos do primeiro tempo, faltou, pois era evidente um time órfão do pivô e do homem de área. Mas, depois, acostumados com esse novo jogo, os 4 titãs (Baier, Marcinho, Wesley e Wallyson) pareciam jogar como naquela "laranja mecânica" de Rinus Michels. E foi espetacular. Isso deve ser adotado para sempre? Não, haja vista que por vezes um centroavante ao lado do Wallyson é fundamental.
fdsSem esquecer das injustiças cometidas contra o paraguaio Julio dos Santos -- o único que pode fazer o que faz o Paulo Baier, mas que fora destroçado e humilhado pela besta do Geninho, ao insistir em queimá-lo como segundo-volante --, e sem esquecer que o beque Rodolfo deve ser completamente esquecido, parece ser este o definitivo caminho, o qual há muito tempo já havíamos identificado.
fdsAgora, enfim, para ficar razoavelmente bom, precisamos de mais uma única coisa, urgente: expurgar o câncer chamado Vinícius e colocar de volta, no seu devido lugar, o grande Galatto, um dos maiores milagreiros dos últimos anos, mas que, por ser humano, às vezes falha e parece não merecer o devido perdão. A insegurança e o medo que o atual camisa 1 traz faz lembrar os piores tempos do fim da carreira do Marolla -- quando escanteio contra nosotros era pior do que pênalti -- ou aquelas "coisas" que pintaram na meta atleticana no ido da passada década de 90.
fdsE é isso que o Seu Waldemar também precisa enxergar e se conscientizar; caso contrário, continuaremos a não ter paz. E não haverá mudança tático-organizacional que dê jeito.
fds