quarta-feira, 4 de março de 2009

# tio luizinho da fiel



Foi um fenômeno em campo. Certamente um dos cinco maiores centroavantes da "era moderna".

Foi também um fenômeno em termos de recuperação física, pois nunca na história deste futebol alguém ficou um ano parado e voltou para ser artilheiro de Copa e campeão mundial.

Tudo isso deve ser selado, registrado, carimbado, se algum dia não quisermos esquecer.

Porém, no jogo desta noite, quando Ronaldo entrou em campo para jogar os vinte e cinco minutos finais do jogo, deu pena e não deu para entender.
 
Foi patética a sua forma física.

Uma quase baleia que parecia encalhada na meia-lua da grande área adversária.

Foi patética a forma pela qual (mal) se deslocava e (não) tocava na bola.

Um típico caso de atacante num jogo de domingo entre casados e solteiros após churrasco&cerveja.

Foi tudo muito nítido, salvo para a diabólica Rede Globo, que, ao comentar e narrar a performance do ex-atleta, parecia falar não de um presente pateta, mas de um outrora fenômeno.
 
Enfim, ou Ronaldo decide definitivamente se quer voltar a ser um atleta e para de onda, ou, então, que converse com Luciano do Valle para (re)montar aquela Seleção Brasileira de Masters (ou de ShowBall) e desista do futebol profissional, ao menos para assim evitar que as mais novas gerações, vendo-o neste pífio estado, não queiram acreditar que, por uma década, ele foi o maior centroavante do mundo, o verdadeiro "fenômeno".

Caso contrário, pode se tornar simplesmente um fenomenal pateta.

Por isso que, hoje, centroavante por centroavante, na atual conjuntura e apenas se olhando o futebol, a forma e o preparo físicos e o comportamento extracampo, sugiro ao Corinthians testar um novo atacante: o meu Tio Luisinho, um elegante, enérgico, esbelto e espiritualmente jovem avante de larga experiência.

Dá até pra imaginar o coro do bando de loucos, ensandecidos pela performance muito mais ágil e guerreira deste novo nome, a gritar pelos quatro cantos do mundo: "ôôôô, o Tio Luizinho voltô, o Tio Luizinho voltô...".

Quem viver, verá!